domingo, 29 de agosto de 2010

Um Vazio Imenso

a A campainha toca, de leve, eram oito horas da manhã, enquanto esperava alguém atender, olhava pra o tempo fechado e sentia aquele frio de uma quinta feira de julho, inverno intenso. Atendem a porta e ele sobe as escadas com as mãos no bolso do casaco preto verificando se as cartas estavam dobradas e no lugar certo, agarrou lhe firme, empurrou para o final do bolso e continuou andando ate entrar e falar com sua mãe e padrasto. Já na sala sentado no sofá e vendo televisão o nome dela é pronunciado em voz alta, chamando para vê-lo, ela desce com seus cabelos compridos soltos no ar se deparando com um olhar triste e sonolento. Ela lhe deu um doce beijo no rosto, sua mãe estava na sala. Ele sabia que estaria ali a essa hora porque ela o seu amor iria viajar, ela desce e seus cabelos longos só balançam e vai em sua direção e da um beijo leve e no rosto, sua mãe estava presente. O Tempo passa e se ouve a buzina de um carro, era o taxista, estava na hora de partir, enquanto Breno pegou a mala so passava a saudade e uma expressão triste nos olhos em saber que durante 5 dias iria ficar sem ver a Samara, só se enganava a leve expressão pelo sono que sentia no momento, mas por dentro só se ardia em saber que ela estaria longe, bem longe de seus braços, a falta que iria fazer era inexplicável, um vazio começava a fluir cada vez mais forte dentro de si e ali começava um filme de terror.

Entraram dentro do taxi sua mãe, Samara e Breno, na frente seu padrasto com o motorista, tudo deu certo, ele ficou do lado dela, já com as mãos no bolso pegou a carta e colocou dentro do bolso dela, com a reação estranha Samara já logo pergunta o porque da mãos nos bolsos de sua blusa, mas ele pegou as suas mãos e levou ate no bolso dela e ela sentiu o papel dobrado. Logo Samara já olha dentro dos olhos de seu namorado e ele fala bem baixinho
---- No Ônibus você abre .
Nesse momento as mãos são entrelaçadas e dali ate na rodoviária a cena que se via era essa e o tempo juntos so se esgotava a cada metro que o carro andava e o tempo passava e era a chegada a hora de sua partida. Já na rodoviária esperando a chegada do ônibus e dar a hora, ele so não sabia para onde olhar, so não sabia como reagir a tal situação que fora imposta em seu caminho, via-se ônibus estacionando, passando a todo momento e pessoas indo e vindo e não sabia a reação, so pensava em abraça-la e aproveitar ate o ultimo momento, o pouco tempo que restava, a coisa mais linda era ela chamando o seu namorado de amor, e falando a toda hora “ eu vou sentir saudade “ , mas uma voz leve de neném, ele ria pra ela como se fosse a coisa mais linda do mundo. O ultimo momento estava chegando, na fila já para embarcar ele queria abraçar ela e entrar no ônibus junto e dizer para ela não sair de perto dele, que o vazio que se construía era imenso e estava cada vez mais intenso. O ultimo abraço foi dado e ela subiu as escadas do ônibus, agora já era, era o ultimo abraço, a tormenta so estava começando, os cinco dias mais longos já vistos. Quando o ônibus sai e faz um contorno so via ela dando tchau da janela e rapidamente sumia pela estrada, na cabeça de Breno a cena foi muito forte e via o seu amor indo para longe, não ia ter contato, e a preocupação iria aumentar cada vez mais. Indo embora a pé pelo caminho, alguma coisa faltava, ele estava quieto e sentindo um vazio imenso e quanto mais olhava para o seu lado, mais vontade de chorar dava, acostumada com aquelas cenas de risos e palhaçadas para todos os lugares, independente da hora estariam ali, juntos e felizes. A união era a palavra mais forte do relacionamento, a preocupação a vontade de a cada dia se ver e poder amar, poder abraçar e ver que eram anjos protegendo a vida um do outro, as manias de um casal, dois adolescentes se planejando para o futuro e tendo certeza de um amor, mas um amor de adolescência que iria dar frutos e todos os planos iram se realizar. Por onde Breno andava, por onde passava, se estaria um carro batido, ele não estava nem ai, não tinha concentração, não tinha um motivo pelo qual desse um sorriso, estava nesse momento sem motivos, e por vários dias tentou saber como seria sem a Samara perto, tudo que pensou não era nem metade da realidade, do vazio, do sentimento, de saber o que estava faltando e não poder fazer nada, esperar era o lema, mas o amanha não adianta Nem imaginar porque seria novas reações, não sabia o que iria acontecer, o pensamento so levava a uma única pessoa e por mais que tentasse um pouco se distrair, era impossível, por todos os lugares que passava lembrava se dela. A coisa mais horrível é entrar na internet e não ver a pessoa mais importante on-line, não ter motivos pra ficar na frente de um computador, tudo estava mudando, mas mesmo que fosse por um tempo, era difícil se adaptar, parecia que o mundo tinha acabado e a vida dele já não tinha mais motivo, o seu anjo partira para longe, a única coisa que restava era olhar para o relógio e tentar acelerar ele o Maximo possível, mas a única coisa era olhar para ele e ver o tempo passar e o dia terminando e começando o outro e o sentimento era so um, a frase que mais se passava na mente era Samara volta para mim. A Noite chega e o motivo de entrar na internet era para mandar uma mensagem para ela de boa noite,
depois é so desligar o computador, porque uma janela escrita Samara não esta piscando na barra de tarefas, noite fria e hoje ele não vai receber um boa noite de Samara, mas a sua ultima frase antes de dormir é e sempre será Samara Eu Te Amo.

Um comentário:

  1. Breno sem Samara por 5 dias?!
    so poderia resultar msm em mta saudade e textos lindos como esse.
    parabeeeens!
    e escreve logo seu livro! hahaha

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